Quiet thriving: o que aprendi sobre propósito em uma reunião que mudou minha carreira

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Escrito por Darlem Bodak | Palestrante e especialista em Desenvolvimento Humano e Performance Corporativa

Quando uma reunião se torna um divisor de águas

Muito antes de existir um nome bonito para isso, vivi na prática o que hoje chamam de quiet thriving — o florescimento silencioso dentro do trabalho.

Eu ainda era uma jovem profissional quando consegui uma reunião com meu diretor para relatar um problema sério. Se não fosse solucionado, poderia gerar grandes consequências. Entrei na sala pronta para reclamar — não por falta de boa intenção, mas pela imaturidade e pouca experiência que eu tinha no mundo corporativo.

Ele me ouviu com calma e respondeu:

“Darlem, você tem razão. Vou te fazer uma mea culpa, pois não previ que uma ação simples poderia gerar esse estrago. Vou instruir agora mesmo os responsáveis para iniciar as correções.”

Não saí daquela reunião com sensação de vitória, mas com uma lição profunda: assumir responsabilidades é um ato de humanidade. É isso que nos dá força para crescer e reencontrar propósito.

“Até hoje faço minhas mea culpas sem medo, porque sei que são elas que me levam ao autorreconhecimento e à autorresponsabilidade.” — Darlem Bodak

O que é o quiet thriving?

Enquanto o mundo corporativo fala de quiet quitting (o “desengajamento silencioso”), o quiet thriving representa o oposto: é o ato de reencontrar satisfação e propósito no trabalho, mesmo em ambientes desafiadores.

Segundo pesquisa da Gallup (2024), 41% dos profissionais afirmam que procuram pequenas formas de motivação no dia a dia — como assumir projetos mais alinhados a seus valores ou criar rotinas pessoais mais leves.

Em outras palavras, o quiet thriving não é esperar a empresa mudar. É escolher florescer onde se está, encontrando sentido nas pequenas ações cotidianas.

Como reconhecer o quiet thriving no ambiente de trabalho

O quiet thriving acontece quando o profissional:

  • Reencontra propósito em pequenas tarefas do dia a dia;

  • Adapta a forma de trabalhar sem depender de grandes transformações organizacionais;

  • Cria microações de satisfação que aumentam o bem-estar e reduzem o estresse.

Exemplos práticos:

  • Transformar uma reunião em espaço de aprendizado, não apenas de cobrança;

  • Inserir pausas estratégicas para manter energia e foco;

  • Buscar conexões mais genuínas com colegas e líderes.

“Quiet thriving é um convite para retomar o protagonismo emocional e profissional, mesmo em tempos desafiadores.” — Darlem Bodak

O que líderes precisam compreender

Nem todo engajamento precisa vir de cima para baixo.
Líderes conscientes percebem que o verdadeiro comprometimento nasce da autonomia emocional e da autenticidade.

Empresas que incentivam essa postura colhem benefícios como:

✔ Menor rotatividade de talentos;
✔ Colaboradores mais resilientes e criativos;
✔ Clima organizacional mais saudável e colaborativo.

Três atitudes que fortalecem o quiet thriving nas equipes

  1. Reconhecer pequenos avanços, não apenas grandes resultados.

  2. Apoiar projetos pessoais e profissionais que conectem propósito e aprendizado.

  3. Valorizar o diálogo e a escuta ativa, criando segurança psicológica no ambiente de trabalho.

Perguntas Frequentes (FAQ)

  1. Qual a diferença entre quiet thriving e quiet quitting?
    Enquanto o quiet quitting é o desengajamento silencioso — quando o colaborador faz apenas o mínimo —, o quiet thriving é o movimento oposto: a busca ativa por satisfação, propósito e crescimento, mesmo sem grandes mudanças externas.
  2. Como as empresas podem incentivar o quiet thriving?
    Promovendo ambientes de confiança, autonomia e propósito. Isso inclui líderes com empatia, escuta ativa e reconhecimento constante das contribuições individuais.
  3. O quiet thriving pode substituir ações de engajamento organizacional?
    Não. Ele complementa essas ações. O movimento começa no indivíduo, mas floresce plenamente quando a empresa cria espaço para que ele aconteça.

Conclusão

O quiet thriving é um lembrete poderoso: não é preciso mudar de empresa para reencontrar propósito — basta mudar o olhar.

Pequenas ações conscientes transformam a forma como trabalhamos, sentimos e nos relacionamos. E, quando isso acontece, o trabalho deixa de ser obrigação e passa a ser expressão de quem somos.

“Propósito não é um cargo, é uma escolha diária de como queremos contribuir.” — Darlem Bodak

✍️ Escrito por Darlem Bodak | Palestrante e especialista em Desenvolvimento Humano e Performance
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