Escrito por Marie Marchetti
Especialista em nutrição funcional aplicada à saúde intestinal, autoimunidade e inflamação crônica.
O absenteísmo deixou de ser apenas um número nos relatórios de RH. Antes de a falta aparecer no sistema, ela já estava acontecendo no corpo: na fadiga persistente, no intestino desregulado, na irritabilidade crescente, nas noites mal dormidas e na sensação constante de estar operando abaixo da própria capacidade. Ausências não nascem do nada. Elas se acumulam silenciosamente, dia após dia.
Pesquisas recentes mostram que doenças crônicas, dores contínuas, obesidade, hipertensão, depressão e sobrecarga emocional se combinam como um efeito dominó que aumenta de forma direta as chances de afastamento. No Brasil, quase quatro em cada dez trabalhadores relatam ter faltado ao trabalho por motivos de saúde, e grande parte dessas ausências tem origem em sintomas que surgiram muito antes do afastamento oficial.
O que o corpo mostra antes da falta acontecer
O colaborador que falta hoje já vinha sinalizando há semanas ou meses.
Dores recorrentes na coluna, intestino irregular, variações de humor, ganho de peso inexplicado, queda de energia ao acordar. Nada disso é simples ou casual.
Quando esses sintomas coexistem, estudos mostram um aumento significativo no risco de afastamentos por:
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problemas musculoesqueléticos
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doenças cardiovasculares
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questões respiratórias
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transtornos emocionais
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fadiga crônica e inflamação sistêmica
O absenteísmo, nesse ponto, deixa de ser um indicador operacional e passa a ser um marcador biológico de sobrecarga.
Estilo de vida: o combustível do adoecimento corporativo
Para grande parte dos trabalhadores, a rotina é marcada por:
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alimentação pobre em nutrientes
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pouco movimento
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sono fragmentado
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estresse contínuo
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longos períodos em posição sedentária
Essa combinação acende um estado silencioso de inflamação de baixo grau, que:
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fragiliza o organismo
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intensifica dores
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reduz foco e clareza mental
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diminui tolerância emocional
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compromete a tomada de decisão
Inflamação crônica é um dos maiores preditores de afastamentos recorrentes no ambiente corporativo.
O papel da alimentação na produtividade e na saúde emocional
No cotidiano empresarial, a lógica das refeições rápidas parece ajudar no curto prazo, mas cobra um preço alto depois. Dietas ricas em ultraprocessados, açúcar e poucos vegetais:
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desorganizam a microbiota intestinal
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geram picos de glicose
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aumentam a inflamação
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reduzem imunidade
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prejudicam humor e energia
O intestino regula boa parte da imunidade, da disposição e até da produção de neurotransmissores. Por isso, sua saúde influencia diretamente:
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estabilidade emocional
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capacidade de concentração
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raciocínio claro
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motivação
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resiliência ao longo do dia
Muitos afastamentos começam onde ninguém olha: no intestino.
Quando o corpo chega ao limite
Um organismo fragilizado por inflamação, má alimentação e falta de descanso reage mal a qualquer novo gatilho. A dor piora. A ansiedade cresce. O sono falha. A fadiga se torna incapacitante.
A empresa registra apenas o dia da falta. Mas o verdadeiro afastamento começou meses antes, no acúmulo silencioso de sinais ignorados.
Programas corporativos superficiais, baseados apenas em orientações pontuais, não resolvem. Reduzir absenteísmo exige:
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educação nutricional contínua
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estratégias de saúde intestinal
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manejo da inflamação
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orientação prática para energia sustentável
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acompanhamento realista do estilo de vida
Prevenção só funciona quando vira rotina.
Quando a empresa decide ouvir os sinais
Quando gestores, RH e liderança passam a olhar para o absenteísmo como um sintoma e não como um problema isolado, tudo muda. O colaborador deixa de ser alguém que faltou e passa a ser alguém que estava pedindo ajuda por meio do próprio corpo.
Essa mudança de mentalidade melhora:
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produtividade
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clima organizacional
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energia coletiva
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engajamento
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retenção de talentos
Absenteísmo não é sobre faltas.
É sobre corpos que pedem ajuda antes de parar.
E sobre empresas que escolhem escutar.
Perguntas e Respostas
1. Como a alimentação influencia o absenteísmo?
Uma alimentação inflamatória desregula energia, humor, foco e imunidade, aumentando o risco de afastamentos.
2. O que a empresa pode implementar na prática?
Workshops, programas contínuos de alimentação inteligente, ações para saúde intestinal e orientações personalizadas.
3. Como identificar que um colaborador está prestes a se afastar?
Queda de energia, dores frequentes, alterações digestivas, irritabilidade e perda de foco são sinais claros.
4. Saúde intestinal realmente afeta produtividade?
Sim. O intestino influencia neurotransmissores, imunidade e energia, que são pilares diretos da performance.
5. A empresa precisa investir muito para reduzir absenteísmo?
Não. O impacto real vem da consistência, não de altos custos. Educação, rotina e acompanhamento correto geram resultados.
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