Saúde Mental no Trabalho: o que sua empresa está perdendo ao ignorar o emocional das equipes


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✍️ Escrito por Luana Ganzert | Psicóloga e palestrante especialista em Inteligência Emocional.
Conecta saúde mental, emoção e ciência para gerar resultados e transformar a cultura emocional nas organizações.

Você teria coragem de dizer à sua equipe: “A saúde mental não importa aqui”?

Quantos líderes já perderam profissionais brilhantes sem sequer perceber os sinais de exaustão diante deles?
Quantas equipes carregam em silêncio dores emocionais que nunca chegam ao RH, mas que todos sentem no clima pesado do dia a dia?

Em muitas empresas, os sorrisos viraram máscaras, e o “tudo bem” já não significa nada.
Falar sobre saúde mental no trabalho não pode ser uma pauta sazonal. Prevenção vai muito além de campanhas ou postagens em datas específicas.

Ela começa quando líderes aprendem a olhar nos olhos da equipe, ouvir o que não é dito e construir ambientes onde pedir ajuda não é sinal de fraqueza — mas de coragem.

O custo invisível do silêncio corporativo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já reconhece o burnout como uma síndrome ocupacional.
Só no Brasil, mais de 30% dos afastamentos pelo INSS têm origem em transtornos mentais (Ministério do Trabalho e Previdência).

Isso representa bilhões de reais em custos anuais, além de impacto direto em produtividade, clima organizacional e reputação da marca.

“Por trás de cada número de absenteísmo existe alguém que acorda todos os dias sentindo que não tem mais forças — mas mesmo assim veste o crachá e segue em frente.” — Luana Ganzert

Por que investir em saúde mental é investir em resultado

Muitas empresas só percebem o peso da saúde mental quando já estão perdendo talentos ou enfrentando ações trabalhistas.
Mas os dados são claros:

  • 💡 A cada R$1 investido em saúde mental, há retorno médio de R$4 em produtividade. (OMS)

  • 💡 Transtornos mentais estão entre as principais causas de afastamento pelo INSS.

  • 💡 Colaboradores que permanecem, mas entregam abaixo do potencial, geram custos invisíveis.

Empresas que negligenciam o emocional de suas equipes pagam caro em silêncio.

O que a legislação já exige das empresas

Com a atualização da NR-1 e do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), as organizações devem mapear riscos psicossociais e implementar medidas preventivas reais.

Isso significa sair do discurso e criar ações concretas:
diagnóstico emocional, escuta ativa, formação de líderes e planos de ação sustentáveis.

Não é sobre checklists ou relatórios — é sobre vidas.

Saúde emocional é estratégia, não custo

Empresas que integram a saúde mental à cultura organizacional colhem vantagens competitivas:

  • 🌱 Tornam-se mais atrativas para talentos de alto nível.

  • 💼 Reduzem turnover e aumentam produtividade.

  • 🌟 Fortalecem a marca empregadora.

  • 📈 Garantem o cumprimento da NR-1/PGR com inteligência e propósito.

“Investir em saúde mental não é um favor ao colaborador. É uma decisão estratégica para quem busca sustentabilidade no capital humano.” — Luana Ganzert

Como começar na prática

O caminho começa por um diagnóstico emocional claro:

  • Pesquisas de clima e escuta ativa.

  • Análise de absenteísmo e rotatividade.

  • Formação de líderes emocionalmente preparados.

Essas ações se desdobram em planos práticos e mensuráveis:

  • Rituais de check-in emocional;

  • Pausas inteligentes e gestão equilibrada de demandas;

  • Políticas antiassédio;

  • Fluxos de encaminhamento e comunicação sem estigma.

“O mais importante é compreender que precisamos agir agora. A saúde mental tem pedido socorro silenciosamente em quase todos os ambientes de trabalho.” — Luana Ganzert

Liderança emocional: o novo diferencial competitivo

Sem liderança emocional, qualquer estratégia perde força.
Desenvolver líderes capazes de reconhecer sinais precoces, conduzir conversas difíceis e inspirar pelo exemplo é o que transforma políticas em cultura viva.

  • 🚫 Lideranças despreparadas geram ambientes tóxicos e oneram o negócio.

  • Líderes emocionalmente capacitados criam times estáveis, criativos e de alta performance.

“Liderança emocional é ter coragem de conversar antes que o problema vire processo — e clareza de que quem cuida de gente, cuida do lucro.” — Luana Ganzert

Perguntas Frequentes (FAQ)

  1. Como a empresa pode começar um programa de saúde mental sem grandes custos?
    Comece pequeno: promova rodas de conversa, escuta ativa e palestras que despertem consciência. O importante é criar consistência, não complexidade.
  2. Quais sinais indicam que minha equipe precisa de suporte emocional?
    Absenteísmo, irritabilidade, queda de produtividade e falta de engajamento são alertas clássicos. O silêncio também é um sinal.
  3. O que muda com a NR-1 e o PGR?
    Agora é obrigatório mapear riscos psicossociais e adotar medidas preventivas. Ignorar o tema pode gerar multas e processos.
  4. A saúde mental realmente traz retorno financeiro?
    Sim. Dados da OMS mostram que cada real investido retorna em até quatro em produtividade e redução de custos indiretos.

Conclusão: cuidar de gente é inteligência de negócio

Por muito tempo, cuidar de pessoas foi visto como “extra”. Hoje, é estratégia de sobrevivência corporativa.

Vivemos uma era em que o ritmo acelerado e a pressão por metas transformaram o trabalho em um campo de batalha silencioso. Profissionais entregam sorrindo por fora, enquanto desmoronam por dentro.

A atualização da NR-1 e do PGR mostra que não basta entregar resultados — é preciso provar que se está cuidando de quem os torna possíveis.

“Cuidar da saúde emocional nas empresas não é uma data de campanha. É uma decisão diária, um compromisso contínuo com a vida, o equilíbrio e a performance.” — Luana Ganzert

Transformar prevenção em estratégia é olhar para as pessoas antes dos números — sem perder a excelência que o mercado exige.

Porque cuidar de gente não é custo. É inteligência de negócio.
É proteger o único diferencial que nenhuma máquina jamais poderá substituir: o humano.

✍️ Escrito por Luana Ganzert
Psicóloga e palestrante especialista em Inteligência Emocional.
Conecta saúde mental, emoção e ciência para transformar a cultura emocional nas organizações.
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