A nova classificação da obesidade mostra que cuidar da saúde dos colaboradores vai além do peso: é investir em bem-estar, produtividade e resultados.
Escrito por Dr. Ricardo Pacheco | Médico Nutrólogo
Obesidade: um desafio de saúde que também afeta as empresas
A obesidade é uma doença crônica, complexa e multifatorial que compromete não só a saúde individual, mas também o desempenho organizacional. Colaboradores com obesidade enfrentam riscos maiores de desenvolver doenças como diabetes, hipertensão, problemas cardiovasculares e até alguns tipos de câncer.
Esse cenário gera impacto direto no mundo corporativo: mais afastamentos, maior rotatividade e menor produtividade. Por isso, compreender a nova classificação da obesidade não é apenas uma questão médica, mas também estratégica para empresas que querem cuidar de suas equipes e melhorar seus resultados.
“Não existe bem-estar corporativo sem saúde real dos colaboradores.” — Dr. Ricardo Pacheco
O que muda com a nova diretriz internacional
Um consenso global publicado em 2025 na revista The Lancet Diabetes & Endocrinology trouxe uma visão mais completa para o diagnóstico da obesidade. O IMC continua sendo útil, mas não é suficiente. Agora, também são considerados:
- medidas corporais (circunferência da cintura, relação cintura-quadril e cintura-altura).
- Exames de composição corporal (bioimpedância, densitometria).
- Presença de sinais e sintomas que mostram impactos do excesso de gordura na saúde e nas atividades do dia a dia.
Para empresas, essa mudança significa que a obesidade precisa ser vista além do peso e do IMC. Muitas vezes, um colaborador com IMC considerado “normal” pode ter acúmulo de gordura e riscos elevados para doenças. Ou, ao contrário, um profissional com massa muscular elevada pode ser classificado erroneamente como obeso.
Obesidade pré-clínica e clínica: um alerta para a gestão de pessoas
A nova diretriz redefine a obesidade em dois conceitos:
- Obesidade pré-clínica: quando há risco aumentado, mas sem impactos orgânicos visíveis. Neste estado a recomendação é que as empresas adotem medidas preventivas, como incentivo à prática regular de atividades físicas, alimentação saudável e políticas de bem-estar.
- Obesidade clínica: já é definida como um estado de doença com sinais e sintomas visíveis e, por isso, já exige tratamento e acompanhamento médico. Aqui é fundamental que a empresa forneça apoio, suporte psicológico e incentive o colaborador no seu processo de mudanças na saúde.
“Cuidar da saúde do colaborador não é custo, é investimento em produtividade e sustentabilidade empresarial.” — Dr. Ricardo Pacheco
Por que o tema importa para as empresas?
- Menos afastamentos médicos: colaboradores mais saudáveis reduzem absenteísmo.
- Maior engajamento e motivação: quando a empresa valoriza o bem-estar, o clima organizacional melhora.
- Produtividade sustentável: profissionais com mais energia entregam melhores resultados.
- Marca empregadora mais forte: organizações que investem em saúde ganham destaque na atração e retenção de talentos.
O papel da nutrologia e da educação corporativa
A Nutrologia, especialidade médica reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina, traz uma abordagem científica e individualizada para prevenção e tratamento da obesidade. No contexto corporativo, palestras e programas de educação em saúde podem ajudar colaboradores e líderes a compreenderem a importância da nutrição e do equilíbrio de estilo de vida.
“O primeiro passo para mudar a cultura de saúde nas empresas é informação de qualidade. Quando colaboradores entendem os riscos e as soluções, eles se tornam protagonistas da própria saúde.” — Dr. Ricardo Pacheco
Conclusão: empresas precisam liderar a mudança
A nova classificação da obesidade reforça que saúde não pode ser medida apenas pela balança. Empresas que entendem isso e apoiam seus colaboradores com estratégias de bem-estar, prevenção e cuidado integral constroem times mais fortes, engajados e produtivos.
Escrito por Dr. Ricardo Pacheco | Médico Nutrólogo
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